Melancolia.
Acaso as vestes do dia se acabaram?
Que nudez é essa, que me acalanta
Nesse azul que impávido transpõe
A minha solidão com essa força de maré?
Que vento é esse que desaloja a minha alma
Daquele canto, onde acorrentada, se via quieta?
A melancólica invenção de todos nós,
Ao parto que se dá na dor
E ao riso que nos dá torpor,
Enguiça frente a tal beleza.
E cada pedaço do céu contempla o corpo
Cansado, inerte e anulado com um movimento brusco
Na mesma velocidade daqueles beijos que mal pensamos
E se tornam passado quando menos esperamos.
E no acaso dessa viagem
A minha memória sempre parte
Em buscas que dão em nada,
Ávidas empreitadas pelos recônditos cantos
Da ampla sala da minha história
E encontra, ao invés de outro, o azul que espera
Por mim e me consola.
(J.)
Um comentário:
eita! putaquepariu! vc me tira o fôlego!
vou copiar e postar, phodas! e beijo
Postar um comentário