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Vomito moinhos e
Acordo molhado de sonho
Navegando pelo ar
E pelo espaço
Siderado.
Nas tuas mãos,
Eu sou a lança.
Sou tua perna que balança,
Avidez de nosso amor fantasma.
Eu chicoteio o corcel negro
A minha tristeza fugidia,
Correnteza de todos os rios,
Fúria de te achar nua
Na porta da minha cabana,
Que dá de frente para a tua.
Eu vocifero,
Imploro,
Quero
A sua carne,
Aperto meus olhos até
Sumir de vista.
Eu soluço, tusso
E engulo
A tua seiva doce,
A tua saliva ríspida,
O teu supra-sumo amargo,
Emborcando o teu cálYce...
Embriagado em sôfrega solidão,
Eu apalpo minha alma
E percebo infeliz
Que não há mais de mim
Em mim.
Tudo o que sou ou fui
Vagueia no ermo
Caloroso de meus
Tropeços e tombos
Veludo gasto,
Amor incauto.
Sonhos despertos.
E você,
Fugindo
nas asas do vento do moinho que gira, gira, grita.
2 comentários:
tristes palavras, belo conjunto... como o amor incauto que em mim derrama e implora...
E também, infeliz, não há mais de mim em mim, sequer em sonho.
atualiza isso aqui shadow-man
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