Angústia.
A saudade é uma dor etérea,
Mas ainda há o sonho impávido
De olhar de novo o caminho
Que me leva para você.
São passos lentos
Que me guiam pela rua
E vou desaparecendo
Pela sombra do desejo.
A dor é a canção sem rima
Como um monte ensolarado
Que se aquece na manhã
E aguarda a noite, anciã.
Nossos corpos como lanças
Eu, você e a paz aflita
Bailando pelo céu azul
Misturado a toda cor que é bonita.
A saudade é a sina
Tão cruel quanto maldita
Que nos prende ao chão
Enquanto a alma levita.
A solidão é uma pedra bruta
Que no talhe inda resiste
Mesmo que a tua ou minha carícia
Seja a mais doce que existe.
O amor é um medo constante
Um tremor que se expande
Rápido como uma ave de rapina
Que descansa quieta no ninho da rotina.
Seria eu saudade inflamada,
Ou talvez, dor lancinante.
No espelho, sou luminosa solidão
Que olha esperançoso o amor da liberdade.
[J.]
3 comentários:
"Quer que algo cresça? Dê liberdade..."
a sua poesia não está no poema, está na trejetória, no caminho q busca e compartilha.
repito:
você tem sede de quê?
você tem fome de quê?
será que eu conheço essa lua???
Todos conhecem, mas essa estava no céu de Barreirinhas, saudosa...
E não sei nada sobre poesia, poemas, trajetórias e e caminhos...
Não tenho sede de nada e nem fome, tenho apenas liberdade. E é dela que me alimento.
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