True.

True.
Love.

domingo, setembro 04, 2011

Onde a risada se perde?

Não acompanhar
A volatilidade do vento
Que ventava na estrada.
Não abandonar
O medo que te trava
Na beira do nada.
Não ser a palavra
Moldada na fraca morada
Onde mora o silêncio.
Não aturdir o amor
Com a estaca que se crava
Na luta dessa vidarada.
Não deglutir o pavor
Na casa assombrada
Onde não mora o sonhador.
Não amparar a boca
Na boca da profana
Cigana que me cala.
Não destruir a cela
Onde mora a víbora amarela
Que não rejeita envenená-la.
Não falar demais
Pelas ruelas de terra
Onde a pausa se encerra.
Não ser eu e ninguém
Perceber bem tarde
E gritar em alarde
Que sou eu que calo ou
Sou quem diz o verbo
Quando a voz se esvai
Num esforço soberbo
De avisar ao deus longínquo
Que o fim há de chegar.

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