True.

True.
Love.

segunda-feira, julho 09, 2012


SonhAsas.

Naquela noite calma,
Calava a boca, falava a alma.
Na suavidade do suspiro dado
O mundo pára, o Sol parado.
Arrepios de augusta saudade
Afligem seu corpo ardente,
E o elevam como pássaro,
Ao céu noturno distante,
Como o desejo dos olhos
Piscando rápido, frouxos,
As lágrimas do nosso adeus.
Alguém partiu, ninguém chegou.
O tempo ficou onde estava,
A luz, sobrenatural não se apagou,
A lucidez, atrasada não voltava
E ninguém no mundo me ouviu.
Apenas eu vislumbro sombra
Enquanto aprecio solitário
O passar dos que ainda não se foram.
E você, amiga minha, minha amada,
Não entende minha chegada
No lugar onde se depositam
As asas que entregamos
Quando aprendemos a andar.
A noite aquece o sereno
Num abraço de névoa
Que te deixo para que te lembres
Que há muito estou aqui,
Nessa terra distante
Do lar onde nasci.

(Shadow.)

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