Ela correu os dedos nos seus cabelos
E entoou uma canção velha
Com notas empoeiradas
De um tempo gasto, amarelado.
Com nuvens e estrelas
Numa noite gelada
Com um copo de solidão.
Ela absolveu a si mesma
Dos pecados pensados
Em tardes tórridas
De ausente paixão.
Ela fez as malas aos prantos
Derramando lágrimas invisíveis
Na seda iluminada
Pelo sol do abandono.
Ela bateu a porta
Fazendo ventar uma brisa
Suave nas alamedas escuras
Da memória esquecida.
Ela sonhou a partida
Como agora sonha a alegre chegada
De alguém com cabelos macios
Para saciar suas mãos ávidas
De amor e eternidade.
(S.)
(S.)
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