Cantarei o ódio aos homens velhos
Maldirei a vida que nos manteve.
Todos juntos rumo ao precipício.
Não temos nome, somos legião.
Não tememos, temos o chicote
De luz que perpassa o cérebro,
Que estrala nas vozes que abalam
A nossa incauta razão.
Queria a bomba,
O fim.
Ah, quem me dera tal sorte...
Queria você em mim,
Tirando minha respiração,
Me minando, de mãos dadas,
Rumo à extinção.
Queria teus cabelos
Sufocando minha alma
Perturbada
Pelo medo.
Não podes ser meu infinito
Não serás meu raio de Sol.
E em mi bemol, me distraio,
Até o fantasma do sono chegar
E me beijar, profundo,
Em busca do fim do mundo.
(J.)
Um comentário:
esperas pela morte como que esperas por alguém em uma esquina?
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