True.
terça-feira, fevereiro 19, 2008
On the Road (again.)
Interlúdio da fuga.
Corro, acorrentado para sempre
À minha estrada, vazia.
Com medo de cair, tentação.
Com fome de viver, cego.
Com algo que paira único e
Sem minha permissão, inútil.
Tenho as minhas portas abertas
E entram todos os ares de noite,
As cores invisíveis
Dos olhos que não vi.
Lá em casa, tem café.
A roseira conversa com o sol,
Quando a lua só finge sono.
Eu vou caminhando,
Trancos e barrancos?
Não gritarei dessa vez...
As portas, eu fechei.
Janelas batem ao vento,
A rosa na estante,
O cheiro de alguém.
Ouvi um sussurro,
Uma prece sem fim.
Falava de ti,
Falava de mim
Enquanto os sonhadores
Iam impávidos e irreais,
Carregando seus corpos,
Em direção às sombras
Da rua da noite, números mais.
Margem de minha antiga solidão,
Rios que me engolem, negros.
Partir daqui, de mim e de ti,
Como se soubesse trilhar
Os mundos, os campos e curvas
De feliz feição.
Lá fora, a Lua acordada
Enfeita a capa do céu,
Enquanto o Sol, calado,
Nem pisca.
E saiu (a rosa) para nunca mais voltar.
À porta, um aceno.
E longe, muito longe, hei de morrer.
*Nennefth*
Meu velho camarada.
Saudade de velhos poemas da noite!*
Benvindo.
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2 comentários:
Lindo texto, Josa!
Eu sempre fujo, e sempre chego aos mesmos lugares!
Beijos!
Ah
nada como um bom e velho gole de vinho no final da tarde...
Som Ambiente:
Violeta de outono
E um dakeles papos profundos com o Josafá.
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