True.

True.
Love.

domingo, dezembro 25, 2011

Dedalus.

Evidência é sentar-se à beira do abismo e cochilar, sossegadamente, ao som do vento que uiva...
O lobo da solidão espreitaria suas presas no tráfego vertiginoso
Ou aguardaria pacientemente a presa
Nos covis sombrios da quietude?
Ao meu coração:
Resta apenas
Bater frouxo.
E ainda que os lados dos mesmos quadrados
Escureçam
Cores infinitas,
Existe a possibilidade de ficarmos
De cabeça para baixo, contemplando a luz da Lua.
E avareza é guardar tanta loucura
Dentro do peito extenuado, cansado
Que implora:
“Hesite.”
E com os olhos em chamas
Assisti ao esplendor do ocaso
Perene.
Eu vi as gotas de sereno
Transmutarem-se
Em caleidoscópios incandescentes
Para abrigarem-se, brilhantes,
No meio da minha fronte
Serena.
E, em meio à luz,
Solene
A camélia que tanto cheira,
Cheia de mel e de incenso,
Alçou vôo pelo espaço
Que nos separa
Por tão iguais
Chorarmos escondidos
Na nossa própria paranóia.
E permaneço, sentado, esperando.
Esperando.
Esperando!
Esperançoso...
Esperando!
Esperando!
Respirando...
Respirando...
Girando.
Pirando.

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