True.

True.
Love.

quarta-feira, dezembro 28, 2011




Sorrateiro,
Como a sombra que orla a luz
Que vaza pela porta,
Teu sorriso chega à minha vista.
O sorriso,
Que tem por arredores
Teus olhos negros que ansiosos
Perscrutam pensamentos
Que minha boca dirime.
E num átimo,
Tudo se movimenta na tua máscara
De carnaval, ancestral feição
Que me persegue infalível
Nas brechas da rotina inefável.
E eu me sacio em teu cheiro lembrado,
Me afogo na torrente de lembrança
Que inunda, insensível
A lágrima que escorre, solúvel.
E amor é a única lei que inda me guia.
Mas
Fecho a porta. E sorrio
Do poema que escorre, frio
Da minha boca em silenciosa gargalhada.

Nenhum comentário: