True.
quinta-feira, novembro 18, 2004
SoulLess
SoulLess
"E minha alma vaga errante pelos campos do Senhor,
Em busca de um novo corpo, ausente de dor.
Minha essência de demoníaca estirpe me protege
Das acusações absurdas dos monges tão hereges.
E me busco de tantas enrascadas, me ressinto
De tantas marcas que não deixei, assim como minto
Quando espero pela concórdia de mim com essa alma
Que me endoidece, me adoece e me freia a calma.
A alma me condena, a luz me cega, o mundo cai.
O beijo esfria, a luta acaba, o Sol se vai.
Uma noite apenas, um amor sereno, o fim terno
De nada como antes sempre foi,assim, eterno.
Doce como a chuva, lento como a morte, medonho...
E o corpo e a alma, unos, caindo de um abismo
Nos braços cálidos do sonho."
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