True.

True.
Love.

sexta-feira, abril 18, 2014

Hiato.




Vem outro tempo.
Trazendo frio, luzes e sonhos perdidos.
Floresce, intensamente, abaixo dos olhos,
Um caminho a semear, como a terra prometida
Das minhas ânsias vãs.
Tudo é uma grande ilusão
Um anátema insano em minha mente
Perdida entre os desvãos calmos
Da rotina que rasteja, como uma víbora,
Enlaçando meu corpo na velhice do tempo.
E de dentro da mala que carrego,
Tiro uma nova máscara
Para me proteger do vento frio da realidade.
Onde estarão teus olhos, agora?
Presos em fios de sonho,
Eles buscam os meus,
Céu afora...
E encontram minha úmida e palpável solidão
Atenta.
A te observar pela memória dos meus dedos
E da minha boca.
E me resta saber onde,
Onde vou botar,
Agora,
Minhas órbitas delirantes.
Porque, no cimo instável
Da minha montanha de tolices
Há, desenhado, tudo o que você era,
Durante as outras estações...

(S.)