True.
sábado, julho 31, 2004
terça-feira, julho 27, 2004
transe
Conhece uma maneira de gritar calado? Apanha tuas asas e voa, incrédulo, em direção ao nada? Meus pés entranham-se nos fios do dia, Minhas falas repetem-se na peça da vida... Sou mais um que comenta de sonhos na rua, que fraqueja ao pensar na palavra de ordem. Exponho aqui o desejo que meu coração anuncia, que hiberna na manhã e morre toda noite... Silenciosamente, me sento no chão e espero a indicação de alguma direção Para partir. Aprendi a falar sem dizer, gozar sem sentir, Amar sem esperar e mudar sem querer. Apareci no espelho e em transe, chorei um pouco da minha dor Para você, que vaga pelo espaço E nunca desce para olhar as estrelas...
quinta-feira, julho 15, 2004
Eis-me aqui!!!
Aqui estou, Pai, seja tu o natimorto ou o aclamado,
Com o meu corpo de palavras e minha língua de lamúrias,
espreitando cantos em busca de vozes, gritos que me convençam
de que na luz dos dias tu virá me dizer o que sabes.
Me diz, logo, se estou fadado a viver na sombra
do amor, da vida, do muro, do corpo da noite e da mão do destino.
Vem ver que estou sempre de preto, num luto de mim,
pois quando penso estar livre, a sombra se fecha à minha volta,
E então rio,pois de olhos fechados a ilusão é de luz...
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