True.

True.
Love.

terça-feira, julho 27, 2004

transe

Conhece uma maneira de gritar calado?
Apanha tuas asas e voa, incrédulo, em direção ao nada? Meus pés entranham-se nos fios do dia, Minhas falas repetem-se na peça da vida... Sou mais um que comenta de sonhos na rua, que fraqueja ao pensar na palavra de ordem. Exponho aqui o desejo que meu coração anuncia, que hiberna na manhã e morre toda noite... Silenciosamente, me sento no chão e espero a indicação de alguma direção Para partir. Aprendi a falar sem dizer, gozar sem sentir, Amar sem esperar e mudar sem querer. Apareci no espelho e em transe, chorei um pouco da minha dor Para você, que vaga pelo espaço E nunca desce para olhar as estrelas...    

quinta-feira, julho 15, 2004

Eis-me aqui!!!

Aqui estou, Pai, seja tu o natimorto ou o aclamado, Com o meu corpo de palavras e minha língua de lamúrias, espreitando cantos em busca de vozes, gritos que me convençam de que na luz dos dias tu virá me dizer o que sabes. Me diz, logo, se estou fadado a viver na sombra do amor, da vida, do muro, do corpo da noite e da mão do destino. Vem ver que estou sempre de preto, num luto de mim, pois quando penso estar livre, a sombra se fecha à minha volta, E então rio,pois de olhos fechados a ilusão é de luz...