True.

True.
Love.

sexta-feira, junho 22, 2012

Dive in the sunset.


Eu voaria daqui, sem medo
Pois, do mais alto, não vejo nunca
A melhor saída.
Eu incendeio o meu olhar
Na sua direção.
Eu angario dores por costume,
Eu confio para acreditar
Em toda invisibilidade
Da beleza de ser além.
Eu não me deito
Ao lado
Para saber onde deitar.
Eu te diria
Tudo que tenho
Se eu soubesse
Que ouvir é mais
Que apenas ouvir.
Te faria sentir melhor
Se tu soubesses
Que na verdade, mesmo,
Quero sua brisa quente
No inverno dos meus dias?
Não, não...
Não direi, agora.
O monstro espera
De braços abertos.
E ele me consome,
Faminto.
E caindo a noite,
Tu não verás
Os meus olhos
Girando nas órbitas
Em chamas.

quinta-feira, junho 21, 2012

Vigília Vazia.


Eu me entrego, sangrando, à prepotência de dizer
Que em mim cabem os mistérios do mundo.
Que meu peito abriga mais amor que ódio
Que meu pensamento deseja mais do que anseia.

Eu me atrevo, incapaz da mentira, imundo
A dizer, abertamente, que minto
Porque tudo o que escondo no fundo
É exata e realmente o que mais temo e sinto.

Eu deixo para o infinito, sem ressalva e emenda
A exatidão da minha dúvida mais pura
Velada com o perfume cego da paixão

E dela brotam milhões de fios de renda
Que me atarão eternamente à dura
Tarefa de desvendar minha razão.