True.

True.
Love.

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Vortéx in.

Ah, eu...

Com essa pena leve,
Escrevo nós dois, corações das trevas,
nas paredes.
Escrevo memórias, contos, maldições
De um passado esquecido.
Eu, com os nós dos dedos em carne viva,
Bato à porta atemporal
De um presente revestido de sonhos
Tortos, tortuosos caminhos pelos quais desfilo
A minha incapaz necessidade de amar.
Ah, eu...
Com essa alma inerte,
Ainda procuro a febre
Que me apertará o coração.
Não sei se crença, milagre ou mágica,
Espero sozinho na estação
Onde desembarca, ao cair de toda noite,
Um corpo são que me reveste
Da mentira da armadura.
Ah, eu! Um reles ente de parca sabedoria!
Um dissidente de mim,
Projeção de uma mente que busca
Um paraíso que só existe
Num vão momento
Situado entre o encontro furtivo
Da luz com a escuridão.

Ah...eu.

(S.)