True.

True.
Love.

domingo, janeiro 10, 2010


Mágica.

E ela veio imponente, 
Com um carinho na ponta dos dedos. 
E eu, prostrado, como um sonâmbulo, 
Balbuciando meus sonhos e delírios. 
E em cada centímetro dela, um antídoto. 
Um veneno suave, 
Que marcou a minha boca. 
Nos braços frios de nós dois, 
Um sim velado, 
Acrescido de novos porquês, 
Um hesitante silêncio... 
E cavalgando, caiu a manhã. 
E tanta luz se fez escuridão, 
Pois da anterior prostração 
O único gosto conhecido 
Foi o da velha solidão. 
E por alguns instantes de sonho, 
Havia em meu olhar 
A vastidão dos teus olhos, 
Havia um sussurro inaudível 
De meio perdão e meia sorte. 
E se me revelasses o teu coração, 
Eu te diria: foge. 
Mas como ainda há tempo, 
Deixa-me te dizer algum segredo 
Enquanto o mundo ainda gira 
E tua boca me chama, calada, 
Para apenas ouvir. 
E ainda, se puderes, me sorri 
Doce e calma, 
Para que eu sempre creia 
Em mágicas...

 J. 
 (15/8/09)