Quando o céu se veste de noite,
Caem tristes os olhos do dia...
Quando floresce a rosa mais bela,
O amor, suicida, cai de uma janela.
E seu corpo vermelho, despedaçado
Distribui seu sangue pelas ruas selvagens
Onde nós, desesperados, procuramos cegamente
Um pouco de uma matéria volátil e tão finita.
O tempo se congela sob a sombra que impera.
A vaidade e o desejo assomam as almas frementes
Que buscam saciar sedes ancestrais
No poço profundo e negro da ilusão.
E imploram ressurgir quando a chama
De seus ímpetos febris amaina,
Como se pela atmosfera soprasse brando
Um vento que se parece com uma cura.
E daí brota, novamente,
uma mentira,
um doce cantar
que te sussura uma palavra
que ninguém ousa falar.
(S.)
25/10/2013.
E daí brota, novamente,
uma mentira,
um doce cantar
que te sussura uma palavra
que ninguém ousa falar.
(S.)
25/10/2013.