True.

True.
Love.

domingo, agosto 08, 2010

Innuendo.

Vomito moinhos e

Acordo molhado de sonho

Navegando pelo ar

E pelo espaço

Siderado.

Nas tuas mãos,

Eu sou a lança.

Sou tua perna que balança,

Avidez de nosso amor fantasma.

Eu chicoteio o corcel negro

A minha tristeza fugidia,

Correnteza de todos os rios,

Fúria de te achar nua

Na porta da minha cabana,

Que dá de frente para a tua.

Eu vocifero,

Imploro,

Quero

A sua carne,

Aperto meus olhos até

Sumir de vista.

Eu soluço, tusso

E engulo

A tua seiva doce,

A tua saliva ríspida,

O teu supra-sumo amargo,

Emborcando o teu cálYce...

Embriagado em sôfrega solidão,

Eu apalpo minha alma

E percebo infeliz

Que não há mais de mim

Em mim.

Tudo o que sou ou fui

Vagueia no ermo

Caloroso de meus

Tropeços e tombos

Veludo gasto,

Amor incauto.

Sonhos despertos.

E você,

Fugindo

nas asas do vento do moinho que gira, gira, grita.