De ti, em transe, me
embriago.
Me embriago dessa
presença,
Desse interlúdio de
sonho, que nos carrega pela mão,
Enquanto o mundo vai
acontecendo...
Cães latem na
escuridão.
E alguém bem longe,
pensa também
Em ir embora desse
mundo de dúvidas
Que nos é tão comum.
E a arte agoniza,
entre o retrocesso e a desconfiança.
Sabe aquela história
de: somos todos irmãos, filhos dos mesmos pais?
O Pai de uns, a muleta
de outros, por tantos motivos...
Nós também agonizamos,
imersos em nossos desejos vaidosos de razão.
Somos tão tóxicos
quanto a fumaça das máquinas que criamos
Para nos destruir a
todos, como cobaias de algum jogo pecaminoso
Ou de algum deus
jovem, atolado em seu próprio ego,
Movendo as peças que somos, por escolha.
Certas ou não,
escolhas.