Eu te mando minhas mensagens
Pelas luzes das cidade.
Só meus olhos sabem os olhos que
Não me vêem.
Em algum lugar
O mundo se aquieta e
O passo leve da saudade
Caminha pela casa
E ecoa sussurrante pelo ar.
Sorrisos, bocas vivas
Braços macios de mulheres de vento.
Não nego minhas dores,
Não prendo minhas mágoas
Acorrento-as a uma alegria
Que cavalga pelo espaço.
O teu carinho faz tanta falta
No meu peito, no meu som
Cadenciado num ritmo profundo
Sufocando o meu medo
Que era tão grande quanto o mundo.
Todo brilho que não se inflama em gritos
Nas noites impossíveis
Morre de um dos males infinitos:
O dom de ver os traços invisíveis
Em todos os sonhos mais bonitos.