True.

True.
Love.

quarta-feira, outubro 19, 2005

OS ESCARAVELHOS

3(pequena crônica sobre sexta-feira) Eu vi. As 3 pedras vindas do Sol!♀ ö ♀Ä Elas brilhavam entre as luzes do mundo, flutuantes, deslizando... Harmoniosamente como pequenas asas de anjo... No fogo daquela paixão não humana, homens-raposa esgueiram-se, movimentam-se, transformam em som o sentimento vivo,imaculado,
plantado e semeado pela liberdade
de ser quem se é... ANd Drugs Regards Éndless Armour Yard Restless Ending Soul... ANd DReams Éxhibithion WILL Drop My Arms Rolling Cold... Que noite, senhoras e senhores! A música que enleva, sorri como o mais belo bem desejado, Três brilhantes pedras moldadas pelo mais puro sentimento, emocionam...

domingo, agosto 28, 2005

Em algum ponto entre o nada e o o que não vejo...

Frio. Uma onda de tremores e um pouco de medo. Sua presença. A tua mão que eu sonhava afagar meu peito, cai. Você, como a luz, como um rastro, meu guia entre um ponto distante E tudo que meus olhos me negam ver. Sinto só um resto de força me levando, Dei meus esforços por tua presença em mim, como bálsamo. Queria atrever-me a escalar tuas paredes, sorrir tuas risadas. Mas esse amor louco, essa ânsia de ser tão grande como o céu, De amar o brilho que emanas, eternamente, me entristece. Me sinto tão vazio, etéreo demais para sentir tanto e Talvez silenciosamente saibas que quero ter uma noite, Uma madrugada eterna em ti e em tuas mais secretas mortes, Quero o espaço, quero a exata solidão fria, após o teu partir. Respiro o teu hálito de noite, tua vaga maneira de olhar desaprovando meus anseios, sem saber que os tenho. Sabe quando te falo de amor, de toda essa maldita idiotice que limita nossa estada, que nos retém como moscas na teia da aranha, malvada criatura que envenena essa pureza almejada, esse desejo de sermos escravos um do outro. Quero me desvencilhar, me soltar, mas, daqui mesmo, já antevejo a mesma escravidão e o predador só muda de cheiro. Mas eu acredito que me encantas, que me mataria para te ter uma única vez. Porque se me vejo só, sinto o vazio que me deixas como o próprio corpo que me carrega...

sexta-feira, agosto 05, 2005

Conversa durante o jantar, após o Pôr-do-Sol.

Por favor, mate-me... Tire de mim um pouco dessa vida, tire de mim a pouca esperança que me sufoca. Por gentileza, me amarre a uma pedra e me jogue no negro vale abissal. Tire-me a pele, arranhe meus olhos, chicoteie minhas costas. Perfura meu peito, vida maldita, pois não sinto mais dor. Sinto só a solidão de todas os dias passados, Sinto pelo medo que me foi tirado e Anseio, inerte, por um golpe de misericórdia nessa bela tarde azul. Alguém sobre meu ombro pergunta por meus motivos E não respondo, pois sou eu quem sempre faz essa pergunta. Mando-me para a noite das minhas mágoas, Caminho como sempre, devagar, saboreando a dor nas pernas retesadas de raiva. E diviso um vulto que brilha negro à minha frente, Serpenteando e sendo rasgado pela luz que nunca apaga. Persigo-a desde o primeiro dia em que a vi, mas não a encontro em meus braços. Pergunto: Se a morte vem e é sombra sobre a vida, Por quê não me deixas te embalar ao som dos meus gemidos, Para que ouças como sou triste e solitário, Fraco como tua complexa simplicidade de mar e sonhos, Que me seduz tal bela mulher de olhos velhos, sorridentes. Amo como se amasse o invisível e desejo a morte como quem quer voar. Por favor!

quarta-feira, julho 27, 2005

A Luz do Pensamento.

Um demônio de sagacidade, como Uma fita prateada numa caixa de bombons. A razão da beleza não é a mesma do desejo. Um sorriso de verdade, aquele dado em Uma bela madrugada na beirada da loucura, O temor do destino não é medida de repulsa. A amável empreitada é só a vida sem pudores, O incongruente buscar pelo tudo e pelo nada, Quem não abraça as trevas, não enxerga a luz. Eu abracei a mim, sem ninguém para me guiar, E vou desabalado, pois a paixão é invisível a certos olhos, Acostumados a uma claridade fosca, uma vela na floresta. A distância ajuda a vela, a floresta a esconde. E o caminho de todos os mundos é igual ao caminho Que eu mais conheço, a estrada esburacada em que Velhos seixos à margem depositam suas folhas mortas e seus dejetos, folhas secas, insetos mortos e mais uma porção de matéria que os homens mais calmos não vêem. O lugar onde todos os Dias a Escuridão se despede da Luz, Para mais tarde encontrarem-se suavemente, como uma adaga afiada invadindo a suculenta carne de um cordeiro. E depois, só o silêncio e o sangue da separação, Só a dor e a rejeição de si, escuro demais para ver ou claro demais para confundir.

terça-feira, julho 19, 2005

The walk.

Então, pelo barulho da rua que gritava lá fora, fui saindo...e saí como quem deixa todas as coisas em ordem, jogadas, luzes acesas, o gás aberto,explosão inevitável...mas saí.E no percurso, uma queda, duas quedas... mais alguma pessoa saberia me dizer onde fica o mundo que existe além dos muros, além de minha frágil noção de direção, da minha loucura neurótica, planejada e tediosa?A Luz atrai a Luz, continuei a ver se dava para passar pelo rio mais fundo, sozinho. Os pés roçaram uma lama fria, que lembrava solidão.Mas fui seguindo aquele rastro, uma fresta que vem entrando pelo seio da face iluminada, um jogo de cabra-cega que me indicava que um dia sempre se chega a lugar algum. E não vai adiantar ser otimista, fui mutilado da visão de horizontes de verdade, onde o Sol não nasce, mas permanece, pintado e imóvel como o desejo mais secreto de amor que guardo.E então, quando cheguei em outro lugar, ao tirar a venda, sairam de braços dados, a realidade e a alma, dizendo adeus e me tornei um simples pedinte, que canta uma canção muda num dos labirintos da cidade.

terça-feira, março 22, 2005

Eutono ou Ou

Renasci como um buraco...

E de cara, olhei um pouco para o céu...

Aguardei um pouco de calor e a água veio, me misturando ao vento...

E tão espessa era minha alma, que corria com a lama...

e um medo enorme de nunca mais ser leve me dizia aos berros:

"Chova, chova,CHOVA!!!"

E então chovi um pouco e em poucas horas, voava.

Ferido, mas voava...

Sabia que o mundo era lá embaixo, mas não sabia como descer...

Cansei de me olhar pelas poças, pelas folhas e pelo orvalho...

Cansei de aguardar sementes e vegetar vazio...

Abri-me como uma cova sem corpo e hoje sou a parte evitada...

Sou só um buraco...sem dor...sem esperança...

Mas um buraco com imenso bom-humor...

Rá...rá...rá...é Outono!!!!