True.

True.
Love.

terça-feira, agosto 12, 2008

Nudez & Sonho.

Melancolia. Acaso as vestes do dia se acabaram? Que nudez é essa, que me acalanta Nesse azul que impávido transpõe A minha solidão com essa força de maré? Que vento é esse que desaloja a minha alma Daquele canto, onde acorrentada, se via quieta? A melancólica invenção de todos nós, Ao parto que se dá na dor E ao riso que nos dá torpor, Enguiça frente a tal beleza. E cada pedaço do céu contempla o corpo Cansado, inerte e anulado com um movimento brusco Na mesma velocidade daqueles beijos que mal pensamos E se tornam passado quando menos esperamos. E no acaso dessa viagem A minha memória sempre parte Em buscas que dão em nada, Ávidas empreitadas pelos recônditos cantos Da ampla sala da minha história E encontra, ao invés de outro, o azul que espera Por mim e me consola. (J.)

domingo, agosto 03, 2008

Respirando fundo (no fundo.)

Meu nome: Fantasia. 
A minha casa se esfarela no ar e sobra só a lembrança 
De um sonho sem porta. 
Fogo, amor. Sempre o teu cheiro de flor 
Nas paredes, na janela 
Um sorriso tão doce, 
O caminhar leve de aguda graça pelos corredores infestados de sombra.
Sempre teu sexo 
Nas dobras da cama. 
E meu suor se dissipa 
Num perfume ácido 
Enquanto o sol se levanta. 
Minha flor: dúvida. 
O ar se esfarela 
E a cama se levanta 
Com a lembrança do fogo, 
Teu sexo ácido 
É a minha porta 
Para a lembrança do sonho. 
E nas paredes do meu suor 
Eu exponho os quadros da memória 
Pois de todo amor 
O que sobra é o cheiro 
Eterno em nós, 
Cada um amando 
Seu Sol 
Em cada manhã. 
Meu nome, teu nome: Saudade. 
E cada estrada leva ao mesmo ponto 
E cada espera nos tira o pouco que teremos, 
E um dos amores meus sempre um dos teus... 
Agora, para sempre, adeus.
J.
III/VIII