Meu nome: Fantasia.
A minha casa se esfarela no ar e sobra só a lembrança
De um sonho sem porta.
Fogo, amor. Sempre o teu cheiro de flor
Nas paredes, na janela
Um sorriso tão doce,
O caminhar leve de aguda graça pelos corredores infestados de sombra.
Sempre teu sexo
Nas dobras da cama.
E meu suor se dissipa
Num perfume ácido
Enquanto o sol se levanta.
Minha flor: dúvida.
O ar se esfarela
E a cama se levanta
Com a lembrança do fogo,
Teu sexo ácido
É a minha porta
Para a lembrança do sonho.
E nas paredes do meu suor
Eu exponho os quadros da memória
Pois de todo amor
O que sobra é o cheiro
Eterno em nós,
Cada um amando
Seu Sol
Em cada manhã.
Meu nome, teu nome: Saudade.
E cada estrada leva ao mesmo ponto
E cada espera nos tira o pouco que teremos,
E um dos amores meus sempre um dos teus...
Agora, para sempre, adeus.
J.
III/VIII
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