True.

True.
Love.

sábado, novembro 19, 2016

Regra 2

“Eu sou.”

Eu sou o vento da noite,
eu sou a fúria e o chicote,
Dou o carinho e espero o açoite.
Eu sou a minha mentira,
Sou meu poço e meu terraço,
Minha chama e meu ocaso.
Eu, sozinho, sou o partir e o chegar,
O abrir e o fechar
De olhos, de bocas, de feridas.
Eu sou a sonora e afoita canção do vento,
Sou a folha seca e o invisível elemento
Que teus olhos veem, mas teu espírito não sente.
Sou minha alma e meu poente.
Sou o sol inclemente, a chuva renitente.
Sou as nuvens longínquas e luz morta das estrelas.
Sou a ausência.

Eu sou o nada.

(S.)