True.

True.
Love.

quarta-feira, julho 27, 2005

A Luz do Pensamento.

Um demônio de sagacidade, como Uma fita prateada numa caixa de bombons. A razão da beleza não é a mesma do desejo. Um sorriso de verdade, aquele dado em Uma bela madrugada na beirada da loucura, O temor do destino não é medida de repulsa. A amável empreitada é só a vida sem pudores, O incongruente buscar pelo tudo e pelo nada, Quem não abraça as trevas, não enxerga a luz. Eu abracei a mim, sem ninguém para me guiar, E vou desabalado, pois a paixão é invisível a certos olhos, Acostumados a uma claridade fosca, uma vela na floresta. A distância ajuda a vela, a floresta a esconde. E o caminho de todos os mundos é igual ao caminho Que eu mais conheço, a estrada esburacada em que Velhos seixos à margem depositam suas folhas mortas e seus dejetos, folhas secas, insetos mortos e mais uma porção de matéria que os homens mais calmos não vêem. O lugar onde todos os Dias a Escuridão se despede da Luz, Para mais tarde encontrarem-se suavemente, como uma adaga afiada invadindo a suculenta carne de um cordeiro. E depois, só o silêncio e o sangue da separação, Só a dor e a rejeição de si, escuro demais para ver ou claro demais para confundir.

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