A Luz do Pensamento.
Um demônio de sagacidade, como
Uma fita prateada numa caixa de bombons.
A razão da beleza não é a mesma do desejo.
Um sorriso de verdade, aquele dado em
Uma bela madrugada na beirada da loucura,
O temor do destino não é medida de repulsa.
A amável empreitada é só a vida sem pudores,
O incongruente buscar pelo tudo e pelo nada,
Quem não abraça as trevas, não enxerga a luz.
Eu abracei a mim, sem ninguém para me guiar,
E vou desabalado, pois a paixão é invisível a certos olhos,
Acostumados a uma claridade fosca, uma vela na floresta.
A distância ajuda a vela, a floresta a esconde.
E o caminho de todos os mundos é igual ao caminho
Que eu mais conheço, a estrada esburacada em que
Velhos seixos à margem depositam suas folhas mortas e seus dejetos, folhas secas, insetos mortos e mais uma porção de matéria que os homens mais calmos não vêem.
O lugar onde todos os Dias a Escuridão se despede da Luz,
Para mais tarde encontrarem-se suavemente, como uma adaga afiada invadindo a suculenta carne de um cordeiro. E depois, só o silêncio e o sangue da separação,
Só a dor e a rejeição de si, escuro demais para ver
ou claro demais para confundir.
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